quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Significado



Amora.mor
sm (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa . 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. Desejo sexual.

paixão
pai.xão1
sf (lat passione) 1 Sentimento forte, como o amor, o ódio etc. 2 Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. 3 Mais comumente paixão designa amor, atração de sexo. 4 Gosto muito vivo, acentuada predileção por alguma coisa. 5 A coisa, o objeto dessa predileção. 6 Parcialidade, prevenção pró ou contra alguma coisa. 7 Desgosto, mágoa, sofrimento prolongado. 8 Os tormentos padecidos por Cristo ou pelos mártires.

apego
a.pe.go
(ê) sm (de apegar) 1 Afeição, afeto, inclinação. 2 Afinco, constância, tenacidade.

desapego
de.sa.pe.go
1 Desafeição, desamor, indiferença. 2 Desinteresse. 3 Desprendimento; tanto faz.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Onde?



...Benditas coisas que eu não sei, lugares onde não fui, gostos que não provei, espaços que ainda procuro...
Perdido em si só, em busca de lugares, gostos, espaços...
Tenho vontade de seguir e sumir (?)
Seguir e sumir...

Assim como se planeja ir e vir constantemente.

O novo sempre foi algo indescritivelmente atraente quando pensamos em “scape”.
E definitivamente complicado definir, se, é a fuga de si só, ou a busca realmente de novos horizontes.
Quando cortamos nossas “raízes” perdemos junto a seiva da vida.
Só se consegue saber pra onde ir, se souber de onde veio, sem rupturas.
Pode ser através de meditação, auto-análise forçada, uma corrida de bicicletas no Camboja, ou um passeio pelas ruas de Pirapora.

Não importa.

Muitos passam a observar, outros a auto-observar.

Mas eu digo que, quando algo não está legal, e você começar a surtar, use a técnica que grandes admiradores de arte fazem:
Recue diante da tela, e mude de ângulo em relação a ela, observe as cores, os traços e os detalhes, que na correria , sempre passam despercebidos, não visto.
Então notará que a tela é muito mais do que aquele ponto preto que ficava insistente diante do seus olhos.

Ser feliz, no final das contas, não é questão de sorte ou azar.

É questão de perspectiva...

Picture: O Homem Árvore - As folhas caíram, mas as raízes ainda são fortes para sustentar seu peso

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Espectadores


Sábio Renato Russo quando disse: “Digam o que disserem , o mal do século é a solidão”.
Notem os sinais batendo a nossa cara todos os dias.
As baladas recheadas de pessoas lindas, com roupas da moda, chegando sozinhas. E saindo sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros, profissionais liberais bem sucedidos, gente que estudou, trabalhou e alcançou o sucesso profissional... e sozinhos.
E não é só sexo não, se fosse, era resolvido facilmente, por diversos meios que a “tecnologia” nos oferece, praticamente um açougue, você tem dúvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, receber e retribuir carinho, fazer um jantar pra quem se gosta e apenas dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de “evolução cega”.
Pode se fazer tudo, desde que a não se interrompa a carreira, a produção.
Nos tornamos máquinas e agora estamos desesperados por não saber voltar a SENTIR... algo tão simples que a cada dia que passa fica tão distante de nós.
Quem duvida do que digo é só dar uma entrada no site de relacionamento e suas comunidades “Quero um amor pra vida inteira”... “Eu sou pra casar” e até as desperançosas e cômodas “Nasci pra viver sozinho”.
Unindo a cada dia milhões de rostos e corpos estranhos, plásticos, quase inacessíveis.
Vivemos agora mais tempo e retardando o envelhecimento, agora mais belos e mais...sozinhos.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, cafona, brega.

O mais “moderno”, hoje, é programar uma viagem ao Tibet, catar coquinhos marroquinos na Ilha de Lesbos, passear pelas ruas de uma cidade desconhecida, claro que sozinhos, sempre...

Somos adultos e auto-suficientes (?).

Mas quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz que, se um problema é muito grande ...não pense nele.
Se é pequeno demais, pra que pensá-lo?
Dá pra ser um homem de negócios e tomar um sorvete com o dedo ou uma advogada de sucesso que ri de si mesma por ser estabanada.
Agora realmente o que não dá, é continuarmos achando que viver é OUT, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, ou que eu não possa dizer a alguém: “Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, vou me arrepender pro resto de minha vida”.

Ou escolher, ser um eterno voyer espectador da vida alheia, amores alheios, expectativas alheias... assistindo, mas não observando, que nossa vida está passando a brancas nuvens todos os dias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Confiança Comoda


A maior parte da nossa confiança é inevitavelmente constituída de preguiça, egoísmo e vaidade.
Sim, são esses três critérios que, se analisados claramente nos faz abrir janelas incríveis, para o que de fato ocorre ao nosso redor.

Preguiça quando, para não investigar, vigiar e agir preferimos confiar no outro, apenas confiar, pois é mais cômodo, fácil, porém de forma alguma clara.
Não é todo dia que temos fôlego para questionar o que fizemos de nossa vida até aqui e qual o rumo que realmente queremos dar a ela. Cansa. Exaure.

Egoísmo quando a necessidade de falar dos nossos negócios nos leva a confidenciar-lhes algo, tornando o outro refém de nossos próprios interesses.

Vaidade quando uma coisa nos torna orgulhosos. No entanto, exigimos que se honre a nossa confiança.

Por outro lado, nunca deveríamos irritar-nos com a desconfiança, pois nela reside um elogio a integridade, ou seja, é a admissão sincera da sua extrema raridade que faz com que entre no rol das coisas de cuja existência duvidamos.
Sem desconfiança não pensamos em probabilidades de uma forma lógica e natural.
Simples assim.

Picture by Thomas Herbrich

domingo, 14 de setembro de 2008



I WANT TO BE ITS FANCY!!!

THE SYSTEM OF THE FASHION DOES NOT STOP! OK?

Beijo aos queridos profisisonais que trabalham com conhecimento e inquietude nesse nosso dia a dia tão...huumm... digamos... "efêmero" (alô alô Guilles Lipovetsky).

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Eu to Tentando



Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando fazer meu filme

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...
PS: Um beijo a menina Toller e a todos que estão Tentando, de alguma forma

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tudo Mudou


E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

A tristeza, depressão
A paquera virou pegação

O que era praça virou shopping
A caneta virou teclado

O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
A AIDS virou gripe
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

TIC TAC TIC TAC

A maior parte das coisas que dizemos e fazemos é inútil.
Como o trabalho das formigas que descem e sobem o tronco da árvore sem nenhum propósito.
Penso que isso acontece com quase todo mundo: uma dificuldade poderosa de ficarsem fazer nada. Simplesmente contemplar as coisas. Refletir sobre nós mesmos.
Não nos permitimos o ócio.
Pegar uma sessão das 2 no meio da semana. Tomar um sorvete no parque no meio da tarde, sob a sinfonia dos pássaros e das folhas tocadas pela brisa.
Ou simplesmente fechar os olhos e pensar.
Estamos sempre fugindo de nós mesmos. .
Parecer ocupado é considerado importante, mais do que estar mesmo ocupado. Na vida corporativa, isso chega a extremos de comédia.
Li numa revista que uma empresa de recolocação de executivos desempregados arruma para eles escritório e secretária para que finjam trabalhar. (E fujam de si mesmos, ocorre-me.)
Seu tempo é livre? Pois então você se sente compelido interiormente a ocupá-lo. Você pega o celular e telefona à primeira pessoa que lhe venha à mente, mesmo que não tenha o que dizer. Ou então se instala em frente do computador e entra e sai.
Você sobe a escada. Depois desce. Todos nós fazemos isso. Subimos escadas e descemos como as formigas . Sem propósito. Apenas porque não conseguimos ficar sozinhos com nós próprios.
Registro aqui o elogio do ócio, numa época de tantos movimentos por nada, de tanta agitação sem nexo.
E penso, comovido, numa canção de John Lennon. Ouço-a mentalmente. Watching the Wheels. Olhando para as rodas. Ele dizia que as pessoas estranhavam vê-lo sentado, de olho nas rodas dos carros que passavam e passavam. “Apenas gosto de vê-las girar”, disse John. John Lennon nesse momento foi tão sábio quanto aos que se insurgem contra a fuga automática e neurótica de si mesmos.

E você o que "precisa" fazer agora?

Ps: Abração ao grande jornalista Fábio Hernandez, O Homem Sincero

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Da felicidade cotidiana



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

sábado, 7 de junho de 2008

Ridículas Cartas de Amor


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Manual do Homem que não sabia amar


Ele só quer um pouco de carinho, companhia pra andar, trocar ideias, partilhar problemas, dividir alegrias.
Ele só quer sexo gostoso, filmes debaixo da coberta, aventuras em dupla rumo ao desconhecido.
Ele só quer fantasias ilimitadas, cumplicidade sem fim.
Ele só quer viagens incríveis, mesmo que sem se levantar, mesmo sem ter um lugar pra ir.

Se você for junto, qualquer lugar serve.

Ele só quer dançar, beber e sonhar.
Ele quer te pegar no trabalho, te levar pra jantar, te fazer carinho e por pra dormir.
Ele só quer acordar de madrugada pra te cobrir direito, te arrumar o travesseiro e te por pra dormir de novo.
Ele só quer te acordar de manhã com um beijo, te fazer café, te provar antes de sair.O dia começa bem melhor assim...

E você, o que quer ?

Trecho do Livro: O Homem que não sabia amar
Picture: Thomas Herbrich

domingo, 1 de junho de 2008

YSL


E Arrastado num turbilhão de festas
passarás a mais bela parte da tua vida!
Como és feliz
de nadas precisa
tudo tens!
A riqueza
a juventude, a beleza
Bom que isso exista
Mas já te cansaste
de toda essa vida
que tanto desejaste!

"Minha arma é o olhar que lanço sobre minha época"
Yves Henri Donat Mathieu-Saint-Laurent
* 01-08-1936 +01-06-2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Saudade Eletrônica



Viver de maneira que sua presença não seja notada, mas que sua ausência seja sentida.
Quando as pessoas inventaram a distância, esqueceram que existia a saudade.
Os meios mudaram e devido ao “avanço tecnológico” (?), a maneira de “sentir saudades” também mudou.
Saudade via site de relacionamento, saudade via banda larga.

Saudade Eletrônica...

Não acredito, por exemplo, que seja possível ter um campo de futebol com capacidade para 100.000 pessoas completamente lotado de Amigos, porque amizade envolve algo chamado cumplicidade, amor, intimidade, preocupação, e a ausência, Saudades.

Cicrana te adicionou como “Amigo” e logo já tem “Saudades”

Sou completamente despretensioso em definir a palavra Amigo, mas sei que eles conhecem quando estou triste pelo som da minha voz e eu sei quando algo os aflige pelo seu modo de olhar. Dae então, eu prefiro levá-los num bar para tomar uma cerveja ou para um caffe para comer pão de queijo, do que ficar passando sermão insosso.
Com eles a gente se sente a vontade tanto numa Opera quanto num passeio ao Capão Redondo, e não é pelos sucessos e vitórias que nos gostamos, ou pelo menos, não só por eles.
Nesse caso, impossível não sentir a ausência, a verdadeira Saudade, palavra essa que é dita como um cumprimento na maioria das vezes por ai, como um educado Bom Dia.
Dita como Saudade Eletrônica.

Saudade é felicidade abafada – agora.

Picture: Iced Keyboard

domingo, 27 de abril de 2008

Conselho?


Definição de Aconselhar: verbo transitivo: Dar conselhos; recomendar, sugerir.
Dizem por ai, que conselho é transmitido em forma de nostalgia.
Quem aconselha geralmente já viveu algo parecido em determinado momento da sua própria vida, e assim resgata o passado da lata do lixo, esconde as partes feias e lhe vende por um preço bem maior que o realmente vale.
Crueldade dizer o que é certo ou errado dentro do imenso caldeirão da vida alheia?
Não existem respostas sem questionamentos, e se dúvidas permeiam, pergunta-se, ouve-se.

E nesse caso:
O INFERNO SÃO OS OUTROS (?)

Existem duas formas importantes para início de uma “auto-análise forçada” antes de sair por ai querendo saber sobre a sua própria vida com opiniões nas imensas barracas de sugestões.

A primeira é fácil para a maioria das pessoas:
Aceitar o inferno e tornar-se parte dele até o ponto de deixar de percebê-lo...

A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas:
Tentar descobrir no meio do inferno aquilo que não é inferno, preservá-lo e abrir espaço...

Fossemos nós quem deveríamos ser conosco não haveria a necessidade de ilusão ou aconselhamento...as vezes é preciso que se tombe e se levante sozinho todos os dias.

Picture: Metamorfases - O que você recomenda?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A Novidade


Para ser feliz é necessário pouca coisa... além se livrar do excesso de carga e esquecer as coisas certas.
Desperdiçar momentos presentes com nostalgias vividas é algo tão desnecessário quanto manter-se com uma mochila de sentimentos fechada com um cadeado que perdemos a chave a um tempão atrás...
Deixe essa mochila no fundo do armário que é o lugar dela, ou melhor, jogue-a num rio para que nunca possa lembrar que ela um dia existiu.

Novo momento, novos ares, lugares, novos projetos...
“Estou preparado para isso?”
A resposta poderia ser muito simples como SIM ou NÃO.
Mas não há resposta.
A missão é levantar a âncora, porque quem olha para trás acaba tropeçando nos próprios pés e perdendo toda a paisagem.
E muitas vezes é preciso que se tropece e caia 7 vezes para que se possa levantar 8.
E, aprender que temos que correr o sagrado risco do acaso. Substituindo o destino pela probabilidade, porque o que torna a vida interessante é o fato de não a controlarmos, seguindo no imenso risco a caminho do NOVO.

Nunca mais haverá momento como aquele?
Ótimo, porque o novo é tão imenso que seria um desperdício se algo se repetisse.

Que venha o Novo!

Picture: Bird on the Top - Voar é preciso

segunda-feira, 31 de março de 2008

Máscaras...


Todas as figuras que vejo são assim, desenhos de luz e sombra, agrupamento de pontos e partículas, um quadro de impulsos dentro de um processamento de sinais, nosso processamento
subjetivo de sinais alheios...

Who’s that?...

A imensa curiosidade pelo “oculto” nos instiga ao ponto de criarmos personagens inimagináveis a realidade alheia, retirando do outro a cobertura de carne e repousando-o num pedestal do cristal mais nobre, talvez como um personagem de um filme europeu, ou naquilo que seja mais agradável em nossa concepção do belo.

Personagem que projetamos para nosso bem-estar momentâneo.

Aproximamo-nos dele, alvo de descoberta (a descoberta que inventamos também), e ao conseguirmos enxergar “bem de perto”, vemos que ele conta piada, que ri, que ele chora, que ele também anda descalço, que ao sorrir provoca leve imperfeições cutâneas, tem medo da morte... e olha pra você... e não por você, gente que você talvez não encontre tão facilmente por ai.
Será mesmo(?)...

E tudo continua assim, como quem olha aquela Ferrari toda vez que passa pela loja, pergunta o preço, toca o couro dos bancos, mesmo sabendo que nunca irá possuí-la...

Puro Desejo, simples assim.

Picture: Máscaras Venezianas – por lá as pessoas costumam usá-las no Carnaval, e todo carnaval tem seu fim.

domingo, 23 de março de 2008

Smile!



A importância de Sorrir chega a ser tão vital, na maioria das vezes quanto respirar.

Rir dos próprios defeitos, tirar sarro das próprias inabilidades é essencial.

Milhares de relacionamentos se acabam não pela falta de amor, dinheiro, ou sexo... mas simplesmente pela falta de idiotice.

Opiniões severamente sensatas, objetivos claramente traçados, sobriedade, mas não consegue rir de um tropeção?
Consegue resolver todas e qualquer crise de risco no trabalho, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas vagas do fim de semana...

Gente que não consegue ver graça no nariz ligeiramente torto, no cabelo despenteado ao acordar, no rímel borrado da farra da noite anterior, e nenhum outro motivo que não o faça “perfeito”.

Gente que desaprendeu a brincar.

Poemas tristes são mais os mais belos?

O Poeta mente o tempo todo, e como eu sempre digo: Tudo depende do seu referencial, assim como na interpretação de um drama de Baudelaire.

Vai chorar?
Picture: Red Noses Chair - Cadeira recoberta com narizes de palhaço

domingo, 16 de março de 2008

Será?...


Muitas vezes nos perguntamos... como será?

E talvez a resposta (ou muitas delas) pode ser extensa e invariavelmente complexa.
Nos debatemos loucamente entre saber como, quando, com quem, de que forma...
Dentre tudo isso nos esquecemos de algo que pode ser mais simples do que parece.
Viver! Viver e deixar viver, fugindo de culpas, de catástrofes futuras, imprecisões, limitações e medo.

Será que é só querer?

Seria fácil se todos nós tivéssemos um relógio que apontasse todos os caminhos a seguir, projetando assim um futuro profissional incrível, sem barreiras, apenas obstáculos, que pudéssemos pular e comer o lanchinho... como num vídeo game.

Seria fácil ,por exemplo, se o nosso coração fosse como uma porta giratória, onde as pessoas passassem por nossas vidas e a gente não desse a mínima.... deixassem souvenirs e não marcas...

Como também seria fácil parar de dar a alma pelo azul e—amedrontado com a vulnerabilidade de doar-se--- trair o azul com o castanho. Amar intensamente o possível e ignorar o distante, difícil, complicado...

Trocar a ansiedade deteriorada por uma bala de menta... assim como quem se troca de uma La Traviatta de Giuseppe Verdi por uma deliciosa canção da Feist

É só querer(?)